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01 March, 2012

Problemas com o carro e com balconistas de lojas...


Você já foi mal atendido em uma loja? Não é horrível? Pois é!
Essa semana a minha esposa me fez um favor. Meu carro deu um problema elétrico e começou a cheirar fio queimado por todos os lados. Foi aquela paúra, sabe... parei o carro no meio da rua e gritei o clássico: todo mundo pra foooora do carro!!! Parecia que o carro iria explodir a qualquer momento, aquelas cenas de filmes de ação – nossa, imagina só o prejuízo!!!

Tá, mas voltando... todo mundo estava fora do carro – eu também, e de çá não dava pra saber o que estava acontecendo... então eu, como sou muito macho, muito mesmo, resolvi abrir a porta e ver o que estava acontecendo – cheirei o carro inteiro à procura do trem que estava cheirando queimado – parecia aqueles cachorros farejadores da policia, sabe... hahahahah, como eu sou ridículo (só percebi agora, digitando esse texto, foi mal) – até que ncontrei de onde vinha o problema – mas não pelo olfato, e sim, pelo tato – na hora que apertei o botão do vidro elétrico pra ele subir quaaaase queimei o dedo – aaaaaaaaaai, cara*$o, meu!!! – é que havia fechado um curto ou sei lá o que na maquininha que funciona o vidro elétrico – mais tarde eu iria descobrir que lá se foram duzentas mirreis pra casa do chapel – mas calma lá, nossa, esse texto tá confuso... vamos voltar lá no parágrafo de cima....

Minha esposa, então, levou o carro pra consertar em uma loja que trabalha com vidros automotivos. Lá, disse ela, foi atendida por um senhor calvo, oriental, uns 50 anos... e com uma cara de mal encarado do cacete!!! Ela disse que explicou o problema pra ele e o homem não deu nem um sorrisinho se quer!!! Fala sério, heim!

Ela me alertou do sujeito pelo telefone, então eu fui buscar o carro, no final da tarde, já munido de duas pedras em cada mão. Cheguei lá e fiquei parado do lado do Kazinho, só namorando o botão novo que colocaram nele... doido de tesão pra apertar logo aquele botãozinho preto, com as setinhas de subir e descer novinhas, ai, ai, ai... Virei pra trás, em direção ao balcão. Lá estava ele – batia com a descrição, ou seja (deixa eu copiar e colar aqui) um senhor calvo, oriental, uns 50 anos... e com uma cara de mal encarado do cacete!!! Dá nada não, fui lá ao encontro dele, agora com as pedras e um porrete na mão:
-Boa tarde, eu vim buscar o kazinho cinza.
-Um minuto – realmente, que cara de mal com a vida, meu... mas até aí tudo bem, vai.
-Tá no nome...?
-Milene. Minha esposa se chama Milene Cristiane.
Lá vai ele mexendo nas notas e ordens de serviço... nada, não achava o nome da Milene.
-Desculpa, mas o seu nome, qual é?
Sabe aquela hora que você percebe o quão idiota você é e dá o maior tapa gostoso, com força mesmo beeem no meio da cara? Pois é, imagina eu fazendo isso e falando isso:
-Poouuuttz, é mesmo, né... Eu vinha pegar o carro então ela deve ter colocado no meu nome. Marcos Gratão!

Sem brincadeira, aquilo foi um momento mágico... era mais de seis horas da tarde, umas seis e quinze quase... eu não tive coragem de olhar diretamente para o rosto daquele samurai cansado do combate exaustivo de todo o dia, mas vi meio que de canto de olho aquela expressão ir mudando lentamente... os lábios dele iam se afroxando... as bochechas se levantando... os olhos se fechavam mais ainda (ele é oriental, lembram se disso?)... Tenho quase que certeza absoluta que aquela foi a única risada que aquele homem hvia dado durante todo o dia – for real! – tá, talvez uns dois ou três sorrisinhos marotos, mas aquela gargalhada foi um presente meu para ele – e quebrou-se totalmente a imagem de samurai kamikase que eu tinha daquele senhor. Era possível escutar o barulho das pedras que eu segurava caírem no chão... a e do porrete, também, fez aquele barulho de cabo de vassoura quicando, sabe.... a partir Dalí, o velho me tratou como um amigo: foi lá, me mostrou o carro, acionou o alarme, os vidros elétricos, mostrou as peças novas, e tudo o mais – AAH, e o que é melhor, me deu desconto – ai, ai, que maravilha!!!  Como vale a pena fazer alguém sorrir! Economizei uns cinco reais nessa aventura toda (hahahahahaha)...

O Mais importante é que se meu carro quebrar o vidro de novo, levo no samurai dos vidros de novo, com certeza, afinal, fui muito bem atendido! Já a minha esposa, não tenho tanta certeza...

Pra acabar, frasezinha da internet pra vocês, presentes da Seicho-No-Iê para toda a humanidade:
QUEM MOSTRA FISIONOMIA ALEGRE, ESPALHA AS SEMENTES DA FELICIDADE.

Vendedores com fisionomia alegre e agradável atraem
muitos clientes. Por isso, para balconistas de lojas
são escolhidas jovens alegres e graciosas. Quem não
transmite impressão agradável não consegue a
colaboração dos outros. Transmitir impressão agradável
é, por si, prestar bom serviço aos outros e ser útil
para o mundo.

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